domingo, 28 de fevereiro de 2010

quase nada

"Muito.
O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida. Ela quer o que não tem nome. Quer rir sem saber de quê, passar horas sem notar, quer o silêncio e a falação. Ela quer bobagem. Quer o que não serve pra nada. Quer o desejo, que é menos comportado que a vontade. Ela quer o imprevisto, a surpresa, o coração disparado, o medo de ser bom. Quer música, barulho de e-mail na caixa, telefone tocando. Ela tem muito e quer mais. Quer sempre. Quer se cobrir de eternidade, quer o oxigênio do risco pra ficar sempre menina. Ela quer tremer as pernas, beijo no ponto de ônibus e a milésima primeira vez. Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é simples. Só que ela não é desse mundo."

Esse texto é da Cristiana Guerra, mulher, mãe, apaixonada e acima de tudo reconstrutora de seu próprio coração. Não querendo comparar histórias vejo nela um mesmo objetivo que o meu, se curar, curar o que bate e o que dói por muito tempo.
São essas as minhas vontades, ou melhor, meus desejos (uma vez dito que eles são menos comportados não é?) e tenho a pessoa com que quero realizar cada pequeno grande detalhe... nossa, disse realizar, mas não vou desmentir, porque chegam a ser sonhos que às vezes mutam para devaneios de tão improváveis que são.
Enquanto você é meu passado mais feliz e doloroso, meu presente mais puro e irreal e meu futuro mais utópico e lindo eu sou um plano, mais um de tantos objetivos que você quer alcançar. Não me dê prazos, estou entregue, estou aqui, você me alcançou. Não se despeça de novo.


ps: que seja (cada vez mais) doce!

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